O VELHO SONHA
A tarde segue risonha
Rumo a um anoitecer cintilante
Num recanto o velho sonha
Em tempos de alegria esfuziante
O sonho, essa quimera reluzente
Transforma o ouro num manto multicolor
A sabedoria em fogo ardente
O sonho em actos de amor
E o velho sábio sonhador
Num amor carregado de esperança
Constrói no seu coração pensador
Uma janela de luz e perseverança
Passagens de um tempo que passa
O velho sentado a meditar
Na miragem fugaz de uma mordaça
Olhos que se sentem lacrimejar
O tempo célere passou
Na neblina a fantasia esmoreceu
E o velho com ela se esfumou
Mas o sonho, esse, permaneceu
Daniel Braga
Fevereiro 2021
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