segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O banco de jardim

 

O BANCO DE JARDIM

 

Passo corrido e apressado

Paro! De olhar anestesiado

Embevecido e talvez apaixonado

Olho uma

e mais uma vez...

Não, não é uma mulher

É algo mais que requer

Alguma saudade e sensatez...

Sento-me nele

E acaricio-o

Como que lembrando histórias

Algumas felizes

Outras nem sempre abonatórias

Mas todas elas marcadas

Por memórias pinceladas

Que depois de escrevinhadas

Foram sendo apagadas....

E ao fim de um tempo...

Um tempo que esmoreceu

Uma lágrima perdida correu

Como que nos dizendo

Que tudo afinal envelheceu

E num silêncio amargurado

Levantei-me

Levando na saudade

Aquele velho companheiro

De tantos momentos...

Daniel Braga

2020


 

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