quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Poemas de Natal

                                                        (imagem retirada da net)


NATAL, SEMPRE NATAL


Nasce o Deus Menino

Nas palhinhas deitado

Memórias de pequenino

Por todos registado


Mas neste Natal tramado

Por causa de um vírus maldito

Irei estar ensanduichado

E entre quatro paredes interdito


O espírito de Natal

Esse irá ser festejado

Em ambiente cordial

Com um sorriso conformado


Mas Natal será sempre Natal

Com amor sempre a redobrar

E nem com o vírus brutal

Deixaremos de fantasiar


Nas famílias a forte união

Para manter a tradição

Que seja a motivação

Num novo ano de perfeição


Daniel Braga

novembro 2020




                                              (imagem retirada da net)

À LAREIRA ME CONFESSO...

Aconchego-me à lareira
Brasas aquecem o pensamento
No quente do momento
Divago...
Sobre tudo e sobre nada
Porque mesmo não obrigada
Estou feliz e confortada
Sou alguém...
Penso nos que nada têm
E que tudo o que obtêm
É fruto da caridade
De gente cuja bondade
Não se remete à solidariedade
É gente como eu
Que dá tudo o que tem e o que é seu...
A lareira continua a arder
E o ambiente a aquecer
Sussurrram-se segredos e ouvem-se vozes
Animadas e contando histórias
Na mesa, as apetitosas filhoses
As rabanadas e o doce de nozes
O bacalhau não podia faltar
Para todos contentar
A lareira, essa, continua acesa, viva e a florescer
E todos felizes, continuamos a conviver
É Natal, é preciso viver!

Daniel Braga
novembro 2020



NATAL SEM SORRISOS

O Natal não é para todos
Uns com luxos a rodos
Outros navegam nos lodos
Da vida que não lhes sorriu
Na tristeza que os invadiu
Mas é Natal
Dos que fazem da vida uma alegria
E dos outros que vivem a amargura
De uma festa que não é a sua
Apenas ziguezagueiam na rua
À procura de um ombro amigo
Amor e um porto de abrigo
O Natal é assim
Para a maioria um frenesim
Outros um calvário sem fim
O Natal será aquilo que quisermos
Uma festa, enfim...
Mas para que seja completo
Pensemos naqueles que longe ou perto
Passam tormentos de arrasar
Sem sorrisos, afetos e quem amar
E que por muito que queiram festejar
Num olhar triste e conformado
Tudo lhes é retirado
Até a vontade de viver
Porque o Natal é amor
É vida com calor
É não momento de tristeza
Que evidencia a pobreza
Em que para tantos tudo existe
E para muitos a miséria persiste
Estamos no Natal
Época de família e devoção
Façamos da tradição
Não uma festa banal
Mas um mundo de amizade e compreensão

Daniel Braga
novembro 2020

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