QUOTIDIANO
(Olhares, no tempo,
de um viajante solitário...)
Brisa
suave
Um murmúrio
Vento? O bater das folhas?
Uma aragem no rosto
Enrugado, pensativo...
No entanto
Um rosto calmo
Um bem estar raro e bem disposto...
Parto!
Numa viagem única
Mil vezes repetida
Observo a paisagem
O bulido da cidade
Numa azáfama frenética
uma sequência alucinante
de telas vivas e variadas
Olho à minha volta
O silêncio caiu....
Sepulcral mas respeitoso
Apenas o ruído do motor
e a voz rouca do condutor:
"Chegámos"!
Abri a porta e saí
Um regresso ao lar
Para cujo regaço
Me recolho
Cansado mas feliz
Mais um dia se passou
No quotidiano
De uma viagem sem fim...
Daniel Braga
2019
(imagem retirada da net)
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