A vida mede-se em infinitos quilómetros de amores e desamores, ambição, sofreguidão, vontade, tristezas e alegrias, bem-estar , olhar o e pelo outro, esperança. Não se compadece com o alimentar da raiva, do egoísmo, da guerra e da desunião. Mas vamos sobreviver ao caos, ao ódio e à barbárie.
SOBREVIVESTE
Ao tempo que passou em vão
Mesmo sabendo de antemão
Que não deste conta nem quiseste
Sobreviveste...
Aos porquês de vidas perdidas
Aos nãos que em silêncio recebeste
A dor e a saudade por ti sentidas
Nas certezas e dúvidas permaneceste
Sobreviveste...
Aos amigos que um dia perdeste
À família que já não te sente
Aos medos que tu fortaleceste
E à esperança que deixaste pendente
Sobreviveste...
Afinal a esperança não se esfumou
À espera que estivesses presente
Apertado, o teu coração triste falou
Dos pesares de uma vida ausente
Sobreviveste...
A esperança cansada não esperou
Porque tu não compreendeste
Que o tempo que o tempo parou
Não aguentou...e tu sobreviveste!
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